Enquanto eu meditava,
preparando-me espiritualmente para realizar uma aula para o grupo de estudos e
assistência espiritual do IPPB,
entrou no quarto um cachorro desencarnado, brincando, latindo e batendo o rabo
alegremente.
Percebia o animal
pelas vias da clarividência, de olhos fechados, diretamente na tela mental
frontal interna (correspondente à área de ação do chacra frontal*). O cão era
um vira-lata normal, adulto, de pelo castanho-claro (mais claro do que
castanho), muito alegre e ativo. Ele olhava para alguém à frente, que eu não
via, com o qual ele brincava e corria em torno. Contudo, mesmo sem ver a
entidade extrafísica no ambiente, eu sentia sua presença tranqüila e amistosa.
Admirado com a alegria do animal, morto na Terra, mas vivo em espírito, cheio de animação, pensei:
- "Alguém deve estar chorando a perda desse animal. Do jeitinho alegre que ele é, deve estar fazendo muita falta para os seus donos e entes-queridos."
Então, o espírito em frente se comunicou telepaticamente comigo e me disse o seguinte:
- "O nome dele é Terry. E ele está muito bem tratado aqui!"
Nesse instante, o meu chacra frontal pulsou, cheio de luz branquinha fluorescente e eu o vi também. Era um homem alto, de cabelos pretos muito grandes, à moda indígena da América do Norte. Estava vestido de calça lisa marrom-claro, com uma camisa esporte, tipo pólo (por dentro da calça). O cinto era preto. Seus olhos eram bem pretos, brilhantes, e a pele bem moreno-avermelhada. No conjunto, ele mais parecia um mestiço de branco com índio americano, moderno no jeito, mas com uma certa atmosfera ancestral xamânica. Ele me olhou e riu e na seqüência pegou o cão no colo. O animal se mexia feliz junto dele, tentando lambê-lo todo tempo. Em torno dele havia uma aura amarelo-suave, que irradiava uma atmosfera de segurança e tranqüilidade à sua volta.Enquanto acariciava o animal em seu colo, ele me olhou firmemente e com simpatia e me disse:
- "Já que você fala das coisas do
espírito para os homens encarnados na Terra, então diga-lhes que até mesmo os
animais têm assistência espiritual após o desenlace da matéria. Eles são
cuidados e afagados com muito carinho. Há grupos de auxiliares astrais que
cuidam especificamente deles em seus períodos extrafísicos. São espíritos
dedicados ao bem-estar desses nossos irmãos menores na Natureza. E mais: peça aqueles que gostam dos animais, que orem na sintonia desses
benfeitores invisíveis; para que eles se associem sutilmente com eles, em
espírito, na mesma bondade e amor por esses serezinhos tão queridos. Nenhuma
criatura é abandonada pelo Grande Espírito. O Seu Amor é para
todos! A Sua Luz anima todas as luzes e seres. Para Ele, todos são iguais na
Natureza. Homens e animais, vegetais e minerais, todos são Seus filhos. Que
aqueles que sofrem com a perda temporária de seu bichinho amado, seja ele qual
for, rezem ao Grande Espírito, para confortar seus corações. Mas, que saibam,
também, que há outros seres que amam os seus bichinhos, que seguirão cuidando
deles nesse imenso universo do Grande Espírito, cheio de vida, em todos os
planos. O meu recado é só esse. Que Manitu** abençoe a sua jornada!"
P.S.: Agora, vou
levar esses escritos e compartilhá-los com os meus companheiros de estudo e
prática espiritual. Que a jornada deles também seja abençoada por Manitu,
Senhor dos homens, dos animais e de tudo o mais que existe, seja lá onde ou
como for.
Notas:
*
Chacra Frontal: centro energético situado no campo
energético da testa e responsável pelos fenômenos de clarividência e percepção
espiritual. Está ligado à glândula hipófise (pituitária).
** Manitu: designação que os índios algonquinos, da América
do Norte, dão a uma força mágica não personificada, mas inerente a todas as
coisas, pessoas, fenômenos naturais e atividades; O Todo; O Supremo; O grande
Espírito; Deus.
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